inesperadamente me veio à mente a palavra ‘presente’. Pensei em tuas viagens, em tuas ausências, em teus silêncios e de repente me dei conta do quanto ‘presente’ é algo importante pra mim. Nunca tinha refletido sobre isso até este momento de ficar aqui de pé observando a expressão nos teus olhos ao voltar mais uma vez de tua viagem. Cada lembrança que trouxeste para os teus queridos transformava-se na imagem que se configurava em tua mente no momento da compra.
Seria a data de meu nascimento tão importante ao ponto de me punires com a falta de presentes por eu julgá-la uma data comum?
Queria apenas olhar para as tuas mãos envolvendo uma caixa decorada contendo um papel que diz: ‘Neste momento te vi’. Deixo aqui o meu protesto silencioso, como forma de não pensar.