Busco meus olhos
defronte ao espelho, na esperança te enxergar em minhas retinas. No meu íntimo
jaz tua imagem por mim criada e acarinhada, antagonista de tua própria realidade.
Rendi-me a Plath, e de seus poemas fiz minhas confissões – todas entregues a ti
em forma de delírios febris. Seu rosto tonto, sua testa enrugada só me diziam
confusão e eu te desconheci daquela que morava dentro de minha mente. Diante de
tuas discrepâncias, ponderei te abandonar ainda segurando tuas mãos, e em
respeito fúnebre a tua partida cobri todos os espelhos da casa...