quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Ontem ouvi que o universo é um grande lençol branco, e que em suas tessituras tudo se conecta. Conexões dial-up barulhentas e demoradas, pensamentos em espasmos com risco de cair o tempo todo.

Olho a tela do computador e a percebo como minha extensão eletrônica, o acesso a rede me revela as inúmeras possibilidades do conhecer, portanto, entrego-me facilmente a minha matrix doméstica.

Lembro do meu café da manhã, e penso na origem das coisas; do leite da vaca presente na manteiga e queijo, penso no animal e nas mãos humanas que passaram por aquele produto até mim, e em como amanhã isso não terá a mínima importância.

Vejo minha mãe, e calculo a incalculável profundidade de nossa relação: ela sou eu, eu sou ela, conectadas. Independente do meu nível de consciência sobre isso, por mais diferentes que sejamos, fazemos parte de uma mesma coisa. Lençóis universais.

Mas vivemos a era dos solitários: solidão como fruto de conexão, como explicar? Como pode ser real a distância?

Se estamos na mesma linha, por que não nos alcançamos? E eu sigo gritando: Corra! Corra para mim...

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